Olá a todos,
Caros leitores do blog MV SOLDAS, estou informando que mudamos de plataforma e o nosso novo endereço é o http://blog.mvsoldas.com.br lá teremos um nível maior de interação e assim faremos um canal ainda melhor. Em breve colocarei mais posts, pois ainda estamos de mudança, espero que gostem e que seja mais fácil para encontrar o que procuram.
Assim que for possível estarei recebendo sugestões.
Desde já obrigado e boa leitura.
Att
Marcus
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Técnica do Cinzelado
- Durante a operação de cinzelado tem uma grande importância o modo de segurar corretamente as ferramentas. O martelo é seguro pelo cabo, de tal forma que a mão se encontre a uma distância de 15 a 30 mm do extremo deste. O cabo é seguro com os quatro dedos e aperta-se na palma da mão, e o dedo polegar põe-se sobre o dedo indicado, apertando-se todos os dedos fortemente.
- O cinzel é seguro com a mão esquerda a uma distância da cabeça de 20-25 mm. A mão esquerda deve segurar somente, o cinzel na posição determinada, sem grande esforço; não deve apertar-se fortemente o cinzel na mão. O cinzel deve manter-se com inclinação, com um ângulo de 30º a 35º em relação a superfície da peça, e o fio deve ajustar-se na linha da camada de metal traçada para seu corte. Se o ângulo de inclinação é menor do que o mencionado, o cinzel deslizará e não cortará o metal, e, se esse ângulo é maior, mais penetrará no metal, ocasionando grande desigualdades.
- A posição do corpo deve ser firme, sem este ficar encurvado; e meio de lado da respectiva morsa. Ao cinzelar, deve olhar-se para a parte cortante do cinzel e não na cabeça deste, como fazem frequentemente os ajustadores inexperientes; observando que o cinzel corte exatamente pela linha traçada. Os golpes devem aplicar-se no centro da cabeça do cinzel com segurança e precisão.
- A força do golpe do martelo sobre o cinzel depende do peso deste, bem como do movimento de alçamento e da velocidade de movimento da mão. O martelo pesado aumenta a força do golpe sobre o cinzel, porém, ao mesmo tempo, cansa o operador. É por isso que o martelo é escolhido de acordo com a força física do operador. O peso do martelo para os aprendizes de 16 a 17 anos é de 500 gramas, e para o operador maior, de 600 a 800 gramas.
- Enquanto o aprendiz não adquirir a destreza suficiente, procurará dar golpes fortes, por temer errar, não acertando na cabeça do cinzel (sobretudo depois de ter martelado os dedos algumas vezes), e, por isso, este não deve acentar mais de 40 golpes por minuto. Deve-se trabalhar devagar, procurando adquirir a suficiente precisão ao dar os golpes e, depois, gradualmente, acelerar os ritmos, chegando ao número de golpes de até 60 por minuto.
- Exerce influência essencial sobre a qualidade e a produtividade o caráter do alçamento do martelo, que pode ser de pulso, de cotovelo ou de ombro. No alçamento de pulso, os golpes se acentam com a força do movimento do pulso e da mão. No alçamento de cotovelo, acentam-se com a força do movimento do cotovelo, e no alçamento do braço, com a força da qual participam o pulso, o cotovelo e o ombro. Este golpe é o mais forte.
- No golpe de braço, o cotovelo da mão direita não só se dobra, ao alçar a mão, mas levanta-se de tal maneira que o pulso alcança o nível da orelha. Ao finalizar o alçamento do braço, afrouxam-se os dedos e o golpe se acenta em direção ao pulso à custa de esforços musculares, que conduzem a um rápido cansaço, mas aproveitando o resultado da caída do martelo, que recebeu um movimento impetuoso. No momento do choque, o cabo do martelo deve ser segurado firmemente com os dedos. O martelo que não é seguro firmemente, ao acertar o golpe, pode deslizar de lado.
- Sobre a produtividade do cinzelado, exerce influência também a espessura da camada que se corta em uma só passada. A profundidade ou a espessura da camada depende da força do operado, peso do martelo e dureza do metal que se trabalha.
- Com o intuito de elevar a produtividade do cinzelado e eliminar as possibilidades de fazer trabalhos sem aproveito, é necessário cumprir o seguinte:
- Cinzelar a camada de metal com os dois procedimentos: primeiro o desbaste (cinzelado de desbaste) de 1,5 a 2 mm, e, depois o de acabamento, de 0,5 a 1 mm de espessura.
- Ao cinzelar uma superfície larga , deve-se primeiro cinzelar os canais com o bedame e depois cinzelar o metal entre os canais com a talhadeira.
- Ao cinzelar metais frágeis ( por exemplo, moldes de fundição, bronze), deve-se a possibilidade de que se desgarrem as bordas da peça. Para isso recomenda-se, antes de cinzelar, fazer por todos os lados, na peça, chanfros que não alcancem a borda de 4 a 5 mm.
- Ao cinzelar metais dúcteis (cobre, aço), o fio do cinzel deve ser limpo de vez em quando com um trapo embebido em óleo de máquina, ou refrigerar-se com água de sabão. Os metais frágeis devem cinzelar-se sem lubrificação.
- Antes de terminar o cinzelado, deve rebaixar-se a força do golpe.
- No cinzelado do metal ao nível dos mordentes da morsa de bancada, o material é fixo fortemente na morsa, de tal maneira que a borda que se desbasta fique situada paralelamente aos mordentes da morsa e por cima destes. A talhadeira é colocada baixo, em um ângulo de 25º a 30º em relação aos mordentes da morsa. Depois de haver cortado a primeira camada por cima dos mordentes em 1,5 ou 2 mm, e efetua-se o desbastado da camada seguinte. Essa operação repete-se até que se desbaste toda a camada necessária.
- Cinzelar por riscos do traçado é a operação mais difícil. Na peça bruta, traçam-se previamente os riscos em um dos extremos, e na parte oposta a este extremo faz-se um chanfro de 45º, que facilita a colocação da talhadeira e evita a ruptura ao desbastar metais frágeis. A peça bruta fica na morsa de bancada de tal maneira que os riscos sejam visíveis. O desbastado efetua-se em várias etapas: o primeiro golpe que se acenta é na horizontal e o desbastado sucessivo efetua-se colocando a talhadeira na inclinação de 30º. A espessura da camada que se corta dessa maneira é de 1 a 1,5 mm; a ultima camada que se corta é de 0,5 mm.
Martelos de Ajustador
- Os martelos são as ferramentas de percussão mais difundidas e servem para dar golpes no cinzelado, aplainado, curvado, dobrado, e em outras inúmeras operações. A construção dos martelos pode ser de diferentes tipos, como, por exemplo, o martelo de bola, o martelo com cabeça quadrada etc.
- O martelo de cabeça quadrada tem o inconveniente de, nos golpes inclinados, seus ângulos deixarem marcas profundas na superfície do metal que se trabalha. Porém, pela sua simplicidade de fabricação, esses martelos tem maior difusão.
- Os martelos são fabricados de aço forjado, temperável. Na parte média do martelo há um furo de forma ovalada que serve para fixar o cabo. No extremo do martelo encontram-se a parte de trabalho, o percursor, e no outro extremo está a cabeça, que pode ser de diferentes tipos, como quadrada, redonda, de pena etc. As classificações e os nomes dados aos martelos, são atribuídos justamente pela forma da cabeça. As dimensões dos martelos determinam-se pelo seu peso em gramas.
- O peso dos martelos pode ser diferente, segundo o tipo de trabalho a realizar. Existem martelos de 50, 100, 150, 200 e 300 gramas, para trabalhos leves; de 400 e 500 gramas, para trabalhos de ajuste, e 600 e 800 gramas, para trabalhos de manutenção.
- Geralmente o peso do martelo é escolhido de acordo com a grandeza do trabalho e da força do operador. Calcula-se que, para cada milímetro de largura do fio da talhadeira, se necessitam pelos menos 40 gramas de peso do martelo, e para o bedame pelo menos 80 gramas para cada milímetro da largura do fio.
- A colocação do cabo do cabo do martelo tem grande influência sobre os golpes. O cabo se faz de madeira especial dura e um pouco elástica. A madeira para confeccionar o cabo não deve ter nós e a sua superfície deve ser bem lisa, sem ondulações e nem saliências, que podem machucar a mão do trabalhador.
- O cabo tem uma secção elíptica. O comprimento do cabo é escolhido de acordo com o braço do operador e peso do martelo. Como termo médio, este deve ser de 250 a 325 mm, para os martelos pesados de 380 a 450 mm.
- Na ponta em que é embutido o martelo, coloca-se uma cunha de madeira ou uma cunha metálica. A espessura dessa cunha é de 1 a 3 mm. Um martelo é bem equilibrado quando o cabo forma um ângulo reto (90 graus) com o eixo martelo.
- O cabo tem uma secção elíptica. O comprimento do cabo é escolhido de acordo com o braço do operador e peso do martelo. Como termo médio, este deve ser de 250 a 325 mm, para os martelos pesados de 380 a 450 mm.
- Na ponta em que é embutido o martelo, coloca-se uma cunha de madeira ou uma cunha metálica. A espessura dessa cunha é de 1 a 3 mm. Um martelo é bem equilibrado quando o cabo forma um ângulo reto (90 graus) com o eixo martelo.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Afiação da Talhadeira e Bedame
- Ao cinzelar, a talhadeira deve estar bem afiada. A talhadeira com o fio cego não corta, mas arranca o metal, inutilizando a superfície que se trabalha e, ademais, exige para cinzelar um excessivo esforço.
- A afiação da talhadeira e do bedame efetua-se com a pedra de esmeril normal ou nos tornos de afiar. Ao afiar, o suporte 1 deve estar corretamente instalada, a fim de evitar acidentes. A talhadeira ou bedame é pressionada suavemente, em toda a largura da pedra.
- Ao afiar-se no esmeril a talhadeira ou o bedame é necessário evitar pressionar com força, porque haverá um aumento de temperatura, bem como evitar o revenido deste, por ocasionar a perda de dureza do fio. A afiação deve fazer-se com refrigeração, empregando água ou em uma pedra de esmeril úmida.
- É necessário prestar bastante atenção para que a temperatura da talhadeira não supere 110º C. A temperatura desse limite conduz ao revenido, diminuindo a dureza e a resistência de trabalho. Durante o processo de afiação é necessário dar voltas a talhadeira para um e outro lado, porque isso assegura um afiamento mais preciso. A aresta cortante da talhadeira, depois de afiada, deve ter a mesma largura e a s mesma inclinação. A precisão do ângulo do fio das talhadeira comprova-se com gabaritos que não são mais do que umas placas com cortes angulares de 50º, 60º, 65º e 70º.
Talhadeira Bedame
- Serve para abrir canais estreitos e ranhaduras para chavetas, para cortar, rebitar etc. Frequentemente, é empregado, antes de fazer uso da talhadeira, para cinzelar grandes planos. Por exemplo, sendo necessário cinzelar toda a superfície de uma placa de fundição, o trabalho será mais fácil e de maior precisão se, previamente, com o bedame se abrirem canais, e depois cortar-se com a talhadeira a parte restante.
- O bedame é uma talhadeira com o fio mais estreito. Os ângulos do fio e todos os elementos restantes são exatamente iguais aos da talhadeira. Segure o bedame e empunhe o martelo pela extremidade do cabo. Mantenha o bedame em posição correta, e retire pequena quantidade de material por vez, guiando-se sempre pelo traçado. Aumentando a Inclinação da ferramenta, esta tende a penetrar no material em forma de cunha e, diminuindo a sua inclinação, a ferramenta tende a deslizar.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Talhadeira de Bedame
- Desde tempos antigos que se faz uso duma ferramenta bastante simples, a talhadeira, para cortar varões de aço, cortar a face de chapas, e também, para arrancar aparas em pequenas quantidades. Ainda hoje representa a talhadeira ou bedame o seu papel em diversas formas de trabalhos de oficina.
- A parte principal da talhadeira ou do bedame é a parte ativa, que tem a forma de cunha. A maioria das pessoas conhece a ação de fendimento da cunha. A cunha é, na realidade, uma das mais antigas ferramentas conhecidas. Há milhares de anos, nos tempos primitivos, serviam-se os homens da idade da pedra, de um tipo de pedra bem dura, trabalhada em tosco, sob a forma de machados de punho como arma, ou como ferramenta, para cortar e trabalhar diversos materiais.
- Quando o ajustador tem necessidade de desbastar, a mão grandes espessuras do material de uma peça, não deve usar a lima, pois o trabalho se torna penoso, canstivo e demorado. Também, por vezes, necessita o mecânico de cortar chapas de certa espessura, por processo manual, sem o uso do tesourão. Em ambos os casos de desbaste e corte, é recomendável, então, o emprego de ferramenta especial, capaz de cortar ou talhar o material, por meio de ferramentas usadas são a talhadeira e o bedame.
- A talhadeira ou o bedame é uma ferramenta de aço forjado e temperado, constituída de uma simples barra, cujo comprimento varia geralmente de 180 a 200 mm. A talhadeira ou o bedame compõe-se de três partes principais: fio, corpo e a cabeça. O fio da talhadeira tem a forma de uma cunha, que termina com um ângulo determinado, o que facilita o processo de cinzelar o metal e na formação de aparas. A largura da aresta cortante é geralmente de 20 a 25mm. O ângulo do fio da talhadeira pe escolhido de acordo com a dureza do metal que se trabalha. Quanto mais duro for o material, maior será o ângulo do fio e vice-versa. Geralmente, ao cortar peças fundidas, para o bronze duro o ângulo do fio será de 70º, para o aço de baixo teor de carbono será o fio de 60º, para o latão e cobre será de 45º e para o zinco e alumínio o ângulo deve ser de 35º.
- O corpo da talhadeira deve ter a forma mais cômoda possível, para empunhar durante a operação de corte. A talhadeira tem geralmente uma secção redonda, sextavada ou oitavada. As arestas do corpo devem ser bem lisas. A cabeça da talhadeira ou bedame faz-se sempre em cone e um pouco abaulada (esférica). Semelhante forma diminuia superficie que acenta o golpe, e dessa maneira assegura o centrado do golpe do martelo. A cabeça cônica remacha-se menos durante o trabalho, não formando rebarbas. Se bem que as talhadeiras sejam ferramentas realmente sólidas, de vez em quando devem-se-lhes dedicar alguns cuidados e, se necessário, reparar-se, para evitar trabalhos defeituosos ou mesmo acidentes. A rebarba da cabeça da talhadeira deve tirar-se a tempo, por esmerilhamento ou novo trabalho de forja, pois, do contrário, num dado momento podem desprender-se fragmentos ou estilhaços, com o conseguinte perigo de ocasionar acidentes, sobretudo feridas nos olhos.
- O fio da talhadeira é temperado a um comprimento de 25 a 30 mm e a cabeça de 15 a 25mm. Para provar a talhadeira em sua tenacidade e resistência, é necessário cortar com esta um pedaço de aço, preso em uma morsa de bancada, que seja de 4mm de espessura por 50 mm de largura. Depois da prova, examinar a talhadeira externamente. No fio não devem aparecer rachaduras ou trincados, e nem este perder a capacidade de corte.
- O grau de têmpera da talhadeira pode determinar-se com a lima: ao limar a ponta temperada, esta não deve soltar limalha e a lima deverá escorregar na ponta. Quando, depois de bem temperada, a talhadeira não se apresentar resistente, isso significa que foi fabricado, com aço de qualidade imprópria.
Limado
- O cumprimento exato das operações de limado depende da adequada posição do corpo, pés e braços do operador, assim como, também, da uniformidade de frequência do percurso da lima. Geralmente, ao limar uma peça, fiza-se esta em uma morsa de bancada. Se tiver que fixar peças com superfície polida, empregam-se mordentes, de metal mole (alumínio, cobre, etc.), revestindo as mandíbulas para evitar que o estriado dos mordentes deixe marcas nas peças.
- A diminuição do cansaço resulta por conseguinte, em aumento do rendimento de trabalho, dependendo de hábitos adequados.
- A posição dos braços ao segurar a lima é de uma importancia excepcional. O ajustador deve segurar a lima com a mão direita, de maneira que o extremo redondo do cabo apóie na palma da mão. O dedo polegar da mão direita coloca-se acima do cabo, e os dedos restantes rodeiam por baixo. A palma da mão esquerda coloca-se na ponta da lima e esta se põe sobre a peça a trabalhar. O extremo do cabo deve apoiar-se na palma da mão, sem grande esforço, porém com firmeza.
- A posição do corpo do operador tem uma grande importância, a fim de diminuir o cansaço e elevar o rendimento de trabalho. O operado deve situar-se meio de lado em relação ao eixo da morsa, e a uma distância aproximada de 200 a 300 mm da bancada.
- A altura da morsa estará correta para o operador quando seu braço e antebraço, da mão que segura o cabo da lima, formarem, na posição de trabalho, um angulo de 90º. Quando se limam camadas delgadas que não requeiram grande esforço, o corpo deve manter-se rígido, girando em 45º em relação ao eixo da respectiva morsa. Quanto a posição dos pés, convém lembrar que o esquerdo deve situar-se perto da bancada e o direito um pouco para trás e aberto aproximadamente uns 200mm.
Geralmente, o ângulo entre as linhas médias dos pés é de 60º a 75º. Os músculos dos pés descansarão alternadamente, já que em um dos percursos de trabalho o peso recai sobre o pé esquerdo e, no percurso oposto, essa carga passará para o pé direito.
Tratamento das Limas
- Os dentes das limas sofrem desgaste por efeito das aparas desprendidas, perdendo sua capacidade de corte; ou, em outras palavras, desgastam-se.
- E mais, as aparas desprendidas, de menor tamanho (limalhas), indructam-se entre os , dentes da lima dificultando o trabalho e riscando a superficie trabalhada. As limas podem estragar-se prematuramente, não só pelo desgaste, mas também em consequência de um trato descuidado. Para evitar que a lima fique cega pelas aparas, ao limar metais moles e dúcteis, recomenda-se passar giz no seu picado.
- Para prolongar sua vida útil, as limas devem ser guardadas e protegidas contra golpes, por mais insignificantes que êstes sejam. Ao guardar as limas, colocar em suportes de madeira, procurando não roça-las entre elas. O limado da primeira camada de uma peça fundida, ou cortada pelo maçarico, origina um rápido desgaste dos dentes. É por isso que as superfícies das peças oxidadas devem ser cinzeladas (cortadas com talhadeiras) e, só depois, se procede ao limado. Para evitar oxidação, as limas devem ser protegidas contra a humidade.
- Evitar, também, graxa nas limas, porque substâncias lubrificantes diminuem suas propriedades cortantes. É pelo mesmo motivo que não se deve tolerar sujeira e nem pó, sobretudo se estes forem de características abrasivas. Para prolongar a vida de serviço de uma lima nova, deve esta ser empregada, em princípio, para o limado de materiais "moles" (bronze, cobre, latão), e somente depois trabalhar materiais mais duros, como o aço e materiais fundidos. Com o uso continuado, é normal em uma lima ocorrer deposição de limalhas e aparece entre os seus dentes, com isso prejudicando o rendimento do trabalho; isto é, diminui-se a profindidade de corte em cada passada da lima. Por esse motivo,as limas devem ser limpas com escova de aço periodicamente.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Colocação dos cabos nas limas
Para que seja mais cômodo segurar a lima durante o trabalho, é colocado em sua espiga um cabo de madeira dura. A superfície do cabo deve ser lisa, polida, e o seu comprimento deve ser proporcional ao tamanho da lima. Portanto, uma lima grande deve ter cabo grande e vice-versa. O comprimento do cabo deve ser uma vez e meia maior do que o da espiga.
O diâmetro do furo do cabo não deve passar a largura da parte média da espiga e a profundidade deve corresponder com o comprimento da espiga. O furo no cabo é feito com brocas, e, para evitar que o cabo de madeira se abra, em seu extremo se encaixa um anel metálico.
Se o cabo de madeira da lima afrouxar-se com frequência, pode-se sanar essa dificuldade da seguinte maneira: dobrar-se ligeiramente o extremo da espiga da lima e introduzi-la novamente no cabo.
Ao fazer essa operação, tenha-se muito cuidado para não exagerar na dobra, porque o aço para limas é muito quebradiço.
Não é aconselhável trabalhar com limas de cabos rachados ou enrolados com arame. Cabos assim ferem as palmas das mãos e podem separar-se, ao pressionar a lima com a mão esquerda.
Lima Meia-cana
Com as limas meia-cana limam-se somente superfícies com grande raio de concavidade. A sua face chapa também pode ser usada para o desbastamento em geral.
As limas rômbicas, as limas tipo faca, bem como, as limas ovaladas (em forma de disco), pertencem a grupos especiais. Com esses tipos de limas, limam-se superfícies, ângulos e inclinadas.
Ainda pertencendo ao grupo especial, temos as limas pequenas, inteiriças, de aço inclusive o cabo, que são chamadas de limas-agulha.
Esses tipos de limas são empregados para trabalhos especiais, como, por exemplo, para o limado de furos de pequenos diâmetros, construções de ranhuras e acabamentos de campos vivos, e outras superfícies de pequenas dimensões, onde se requer alta precisão. As limas-agulhas tem picado em 1/2 ou 1/3 do seu comprimento total (a parte restante é o cabo), e, segundo a quantidade de dentes em 1cm linear da sua superfície, dividem-se em classes:
- Classe Bastarda
- Classe Mursa fina
- a 6. Classes finas
O comprimento total dessa lima varia entre 120 a 160mm, sendo o comprimento da parte picada de 40, 60 a 80mm.
Segundo a forma da secção, diferenciam-se nos seguintes tipos: redonda, meia-cana, plana de ponta, oval, faca, quadrada, triangular, plana, cerrada, triangular, unilateral, rômbica, etc.
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Lima Redonda
As limas Redondas são normalmente empregadas para alargamento de furos e para acabamento de superfícies concavas.
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Limas Quadradas
Com as limas quadradas limam-se as superfícies dos furos quadrados, retangulares e de diferentes ranhuras. As limas quadradas de grande comprimento (350 a 500mm) denominam-se "barras" e são empregadas no limado de desbaste da peça, quando se necessita retirar uma camada metálica superior a 1mm.
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