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segunda-feira, 14 de março de 2011

Traçagem

As peças a trabalhar nas oficinas são fabricadas a partir de barras, vergalhões perfilados, chapas ou tubos. Todos essas peças em bruto foram já previamente trabalhadas (por limagem ou estiragem) e denominam-se produtos semi-acabadors ou semi-manufaturados.

As peças em bruto podem ainda ter sido previamente fundidas (peças de fundição) ou forjadas (peças forjadas).

Quando se trata de fabricar peças a partir do produto semi-acabado, pode haver necessidade de cortar, por exemplo, de uma barra ou comprimento que nos seja preciso. Este comprimento deve, então, ser previamente marcado ou traçado. As chapas serão traçadas de acordo com as indicações do desenho de fabricação antes de cortar na medida.

Antes de se submeterem as peças de fundição ou as peças forjadas aos trabalhos de limar, aplainar, tornear ou furar, será necessário nelas marcar linhas de referência, arestas ou centros de furos por meio de linhas de traçado ou pontos feitos a punção de bico.

Micrômetro com vernier

O micrômetro com venier permite uma aproximação mais rigorosa do que o micrometro normal. O micrometro com vernier do que o micrômetro normal. O micrômetro com vernier aproxima até 1/1000 de milímetro ou 0,001 m/m.

Esse tipo de micrômetro é idêntico ao de 1/1000 m/m, porém apresenta um vernier gravado na bainha. Esse vernier tem 10 divisões cujo comprimento total corresponde a 9 divisões da graduação circular do tambor. Então, cada divisão do vernier é 1/10 menor do que cada divisão do tambor. Ora, se cada divisão do tambor dá 1/1000 m/m, a 1º divisão do vernier, a partir de traços em coincidencias, dará 1/10 x 100 = 1/1000 mm.

A 2º divisão do vernier dará 2/1000 m/m, a 3º divisão dará 3/1000 m/m, e assim por diante.


Micrômetro

O mecânico usa o micrômetro, quando a aproximação nas medidas das peças tem que ser muito precisa, mais do que permite o paquímetro.


Os micrômetros são instrumentos de medição com leitura direta, largamente empregados nas oficinas mecânicas em geral. Sua construção tem por base o princípio do parafuso, que avança ou recua por uma volta completa, uma distância igual ao passo das giletes. Assim sendo, as duas graduações de divisões (do tambor e da graduação longitudinal da bainha) do micrômetro dependem, portanto, do passo da rosca do parafuso interno.

Segundo a espécie do material a medir e segundo a natureza da medição, os micrômetros podem ser de diferentes feitios e dimensões. Existem diversos tipos de micrômetros, com, por exemplo: micrômetro tipo lâmina, tipo disco, com apoio em "V", micrômetro de arco profundo, micrômetro para virabrequim etc.

Todos os micrômetros tem a capacidade de medição, quer dizer a abertura máxima obtida nas pontas de contato.

Os micrômetros mais correntes tem a abertura de: 0 a 25 m/m, 25 a 50 m/m, 50 a 75 m/m, 75 a 100 m/m, e de 100 a 150 m/m; há, também, micrômetros com abertura maior, sendo estes de tipo especial.

Todo micrômetro deve:
  1. Ser de aço inoxidavel.
  2. Ter graduação uniforme.
  3. Apresentar traços bem finos, profundos e salientes em preto na graduação circular do tambor ou cilindro.
  4. A reta longitudinal da bainha deve ser bem fina e preta.
  5. Ter as faces das pontas de contato bem ajustadas, e, quando juntas, nelas não deve passar luz.
  6. Possuir tambor bem ajustado, sem jogo.
  7. Ter a medida bem calibrada, seja por meio do regulador de encosto, seja por outro sistema. Quando estiverem juntas as faces de contato, a borda do tambor deve estar sobre o traço (0) zero da graduação longitudinal, e o traço zero do tambor deve coincidir com a reta longitudinal.
  8. Possuir o dispositivo de fricção, ou de catraca, e estar ele em bom funcionamento, para permitir contato suave medição de uma peça.
Principio do funcionamento do micrômetro

O funcionamento do micrômetro é baseado no princípio do deslocamento de um parafuso, no sentido longitudinal, quando ele gira em uma porca.

A haste é presa ao tambor através de uma parte em rosca, de determinado passo, que gira em uma porca. Assim uma volta completa do tambor faz com que a face da haste se desloque longitudinalmente de um comprimento igual ao passo. Em conseqüência, conhecimento o passo, dividindo-se o tambor em um certo número de partes iguais pode-se medir qualquer deslocamento da face da haste, por muito pequeno que seja.

Corte do tambor

Explicação do funcionamento

Como mostra a figura, no prolongamento da haste, há um parafuso micro métrico preso ao tambor. Ele se move através de uma porca ligada à bainha. Quando se gira o tambor, sua graduação circular desloca-se em torno da bainha. Ao mesmo tempo, conforme o sentido do movimento, a face da haste se aproxima ou se afasta da face do encosto ou pontos de contato. As roscas do parafuso micrométrico e de sua porca são de grande precisão. No Micrômetro de 0,01 m/m, o passo do parafuso é de 0,5 m/m.

Na graduação longitudinal as divisões são de milímetros e meios milímetros. No tambor, a graduação circular tem 50 divisões.

Quando as faces de encosto das potas de contato estão juntas (fechadas), a bordas do tambor coincide com otraço zero da graduação da bainha. Ao mesmo tempo, a reta longitudinal gravada na bainha (entre as escalas de milímetros e meios de milímetros) coincide com o traço zero da graduação circular do tambor.

Como o passo do parafuso é de 0,5 m/m, uma volta completa do tambor levará sua borda ao 1º traço de meios milímetros. Duas voltas, levarão a borda do tambor ao traço de 1 milímetro. Então, para achar a precisão do micrômetro, façamos o seguinte:

     passo do parafuso        = 0,5
nº de divisões do tambor       50

Portanto, o micrômetro com 50 divisões no tambor, cada divisão nos dá uma precisão de 0,01 m/m.